O DESTINO ESTÁ ESCRITO NA BIOLOGIA?
31-05-2011 21:35
Anónimo disse...
A ligação entre o estudo da hereditariedade humana e a ideologia nazi é bem conhecida: a eugenia, o aperfeiçoamento da raça humana através de meios biológicos, tem estado sempre próxima dos extremos políticos, tanto à direita como à esquerda. Há muita gente que gosta de utilizar a história da Genética para censurar os seus planos para o futuro. Esses planos – bebés feitos de acordo com a concepção do projectista, esterilização eugénica, classificação racial – são mais imaginados do que reais. A maior parte dos que estudam a hereditariedade têm a noção das limitações da sua matéria e não vêem qualquer motivo para a defender de acusações ultrapassadas. (…)
Contudo, até mesmo para aqueles que não são declaradamente racistas, os genes são cada vez mais responsáveis pelo destino. A morte parece, cada vez mais, estar programada no nosso próprio ser. Os genes matam as pessoas; e dois em cada três leitores destas páginas morrerão por motivos relacionados com o que herdaram. É possível que em breve seja possível prever a data provável da morte de um bebé pouco depois do seu nascimento.
Para alguns, tudo isto ameaça a autonomia humana. Se tudo estiver codificado no ADN, o que resta ao livre arbítrio? Se o homem não passar de um macaco glorificado, onde está a alma? De facto, se a sociedade não for mais que um mecanismo para garantir que os genes sejam transmitidos, que espaço há para o bem e para o mal? Até mesmo os que não estão interessados nestas ideias abstractas se preocupam com o facto de a Biologia estar a tirar o mistério às suas próprias vidas.
JONES, Steve, Deus, Genes e o Destino - na massa do sangue, 1ª edição, 1999. Lisboa: Publicações Europa-América, pp. 9-11
Se tudo estiver codificado no ADN, o que resta ao livre arbítrio? Deixa a tua resposta na caixa de comentários.
O Livre-arbítrio é a crença ou doutrina filosófica que defende que a pessoa tem o poder de escolher suas ações.
Se tudo estivesse determinado pelo ADN, iríamos estar limitados não conseguindo escolher aquilo que queremos.
André Rocha nº4 / 12ºA