Os deuses devem estar loucos

31-05-2011 21:19

Este filme começa quando uma tribo considera uma simples garrafa de Coca-Cola, que foi atirada de um avião, um presente oferecido pelos Deuses. No início a garrafa teve muita utilidade para aquela tribo, mas passado algum tempo todos a queriam para realizar as suas tarefas, isto criou um grande conflito na tribo. Até que Xi, chefe da tribo, decide devolver aos deuses a garrafa ou a ‘coisa má’, como a designavam.

Durante a sua viagem, Xi, é confrontado com muitas realidades que ele não entende e então tenta interpreta-las de acordo com os seus "olhos culturais". Rimo-nos muito de Xi, um humano muito diferente de nós a vários níveis: no seu aspecto físico; na linguagem que utiliza (caracterizada pela emissão de um certo número de sons semelhantes a «cliques») na forma de "ver" o mundo que o rodeia, interpretando-o à sua maneira. Mas esquecemo-nos de que nós próprios temos dificuldades em compreender realmente os outros, ou seja, aqueles que não têm a mesma visão do mundo. Xi interpreta as coisas que vê de acordo com a cultura em que ele está inserido, da mesma forma que nós interpretamos o que vemos e sentimos de acordo com a nossa cultura.

No final, o filme termina quando Xi alcança o lugar onde vivem os "deuses e tem, finalmente, a oportunidade de lançar para bem longe aquele objecto que causou tanta discórdia.

Talvez pensemos que esta atitude de Xi seja disparatada mas no fundo ele tentou responder a algo negativo que estava a acontecer na sua vida. É isto que nós por vezes fazemos na nossa cultura quando somos confrontados com situações de mudança e procuramos ignorá-las, ficando tal como somos, numa tentativa desesperada de evitar esses imperativos de mudança.

  

André Rocha nº4 12ºA 

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